A Assembleia da República de Moçambique chumbou hoje a proposta de um "governo de gestão" apresentada pela Renamo, principal partido de oposição, que defende esta solução face a uma alegada fraude nas eleições gerais de 15 de Outubro.
A proposta de debate do governo de gestão foi reprovada com 170 votos contra da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), partido no poder e com bancada maioritária no parlamento, constituído por 250 assentos. A Renamo, com 43 votos, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior bancada, com sete votos, votaram a favor da proposta. Na declaração de voto da sua bancada, Mateus Kathupa, deputado da Frelimo, e porta-voz da Comissão Permanente da Assembleia da República, afirmou que o seu grupo parlamentar votou contra porque a proposta não consta dos pontos de agenda aprovada pela Comissão Parlamentar para a sessão extraordinária que se iniciou hoje. "A bancada parlamentar da Frelimo votou contra, porque esta proposta de agenda exorbita a esfera regimental da Assembleia da República, que diz que a agenda de trabalhos da sessão extraordinária deve ser a proposta pelo requerente da sessão, que, no caso, é a Assembleia da República", afirmou Kathupa. ...