O presidente da Renamo mandou a sua equipa negocial “gazetar” à quarta ronda das negociações com o Executivo. Para Afonso Dhlakama, o seu partido não está para admitir “brincadeiras” do Governo e a sua comissão só volta às negociações na presença do secretário executivo da SADC, Tomás Salomão.
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, diz que o seu partido já não vai sentar-se mais em nenhuma mesa de negociações com o governo da Frelimo. Numa entrevista que concedeu ao “O País”, Dhlakama só aventa uma hipótese para a Renamo continuar na mesa de conversações com o Executivo: intervenção de organismos regionais e internacionais, como são os casos da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da União Europeia (UE). “Eu é que sou o chefe e já decidi. Não sou ditador, mas este posicionamento tem que ver com as opiniões e ideias dos membros do meu partido. Estas coisas do Manuel Bissopo (chefe das negociações e secretário-geral da Renamo) estar a tomar café com José Pacheco (chefe das negociações por parte do governo) e tentarem entreter-nos e gozar connosco, acabou! Ponto final.” A regra e as excepções... O presidente da Renamo admitiu, entretanto, que o seu partido poderá voltar a sentar-se com o governo mediante uma agenda proposta...