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Um dos mais célebres opositores ao poder em Angola, Rafael Marques, acusa as autoridades do seu país de utilizar métodos de repressão que “fazem lembrar os do Apartheid”. Rafael Marques, 43 anos, jornalista e militante dos direitos humanos em Angola, foi condenado este ano a seis meses de pena suspensa por “denúncia caluniosa” de sete generais do exército, no livro Diamantes de Sangue, editado pela Tinta-da-China. Nesse, acusa o regime de dar cobertura à violência em explorações diamantíferas.

A Mcel está a enfrentar di­ficuldades para se man­ter no mercado. O pri­meiro-ministro visitou, ontem, a companhia de telefonia móvel controlada pelo Estado e disse mesmo que é necessário “resga­tar a liderança da empresa”, num ambiente que é cada vez mais competitivo. Esta visita veio pôr ponto final a especulações sobre possíveis dificuldades que a primeira ope­radora de telefonia móvel tem estado a enfrentar, onde se fala também de problemas nas con­tas da empresa, que, entretanto, não foi possível apurar, porque nem o Governo nem o Instituto de Gestão de Participações do Es­tado (IGEPE) revelaram a saúde financeira da Mcel. Mas o certo é que a empresa está com dificuldades para reali­zar investimentos que lhe permi­tam ser competitiva no mercado, sobretudo depois do aparecimen­to do segundo concorrente no sector.

O governo recolheu, ontem, as cinco viaturas que tinham sido alocadas aos membros da delegação da Renamo no diálogo político, que há mais de dois anos e meio decorre no Centro de Conferências Joaquim Chissano, acabando deste modo com o fornecimento de parte da logística que dava à equipa liderada por Saimone Macuiane. A solicitação para a devolução das viaturas já tinha sido comunicada há algum tempo à delegação da Renamo, que manifestou alguma surpresa com a decisão, uma vez que, quando chegou ao Centro de Conferências, nada fazia prever que o cumprimento da medida fosse ontem imposto. “Tudo o que conseguimos aqui foi de forma lícita e não vamos continuar com os meios quando o dono os quer de volta”, disse o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, no final da ronda 114 do diálogo político.