Avançar para o conteúdo principal

“Agiremos militarmente e os atrevidos pagarão caro a sua ousadia”

"...não avançaremos para nenhuma agenda política nacional sem ver as nossas reivindicações satisfeitas”. O delegado provincial da Renamo em Sofala, Albano José, diz que qualquer tentativa de colocar elementos das forças de defesa em Gorongosa para atacar Afonso Dhlakama e outros membros da Renamo lá concentrados será violentamente repelida pelas forças armadas da Renamo. “Quem está interessado na guerra é a Frelimo que envia agentes especiais da polícia à nossa base em Gorongosa, onde vive, actualmente, o nosso líder. Se repetirem este gesto, avisamos que arrepender-se-ão. Agiremos militarmente e os atrevidos pagarão muito caro a sua ousadia”, disse o novo delegado político da Renamo que, nos últimos dias, se tem concentrado em radicalizar e militarizar o discurso da Renamo. Num outro desenvolvimento, Albano José negou que a ida de quadros da Renamo para a Gorongosa seja um início de uma nova guerra civil. “Em nenhum momento a nossa intenção foi governar este país à força, pois, se o quiséssemos, isto poderia ter acontecido antes das negociações de Roma. Estamos a dizer que estamos fartos de discursos enganadores. Queremos algo de concreto em relação àquilo que são as nossas preocupações que se identificam com as do povo. 80 por cento da população vivem numa penúria injustificada no país”, disse o homem forte da Renamo em Sofala.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rusga na Colombia ( Bairro da Coop).

Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.

Momade Bachir Sulemane liberto

Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...

Este é o ano mais trágico para emigrantes

  Pelo menos 8.565 pessoas morreram em 2023 a percorrer as rotas migratórias mundiais, tornando o ano passado no mais mortal já registado, avançou hoje o Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número de mortos em 2023 representa um aumento de 20% em relação a 2022, adianta a organização, sublinhando, em comunicado hoje divulgado, a "necessidade urgente de medidas para evitar mais perdas de vidas". O total do ano passado ultrapassa o recorde de mortos e desaparecidos a nível mundial que tinha sido registado em 2016, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração. A travessia do Mediterrâneo continua a ser a rota mais mortal para migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecidos, o que constitui o número de vítimas mortais mais elevado da região desde 2017. Mas a OIM também registou, em 2023, números sem precedentes de mortes de migrantes em África (1.866) e na Ásia (2.138). Em África, a maioria destas mortes aconteceu no ...