Três anos após a morte de Osama Bin Laden, o jornal britânico "Daily Mail" revelou na última quarta-feira (5) a identidade do militar americano responsável por assassinar o líder e fundador da rede al-Qaeda.
Rob O'Neill, de 38 anos, manteve-se em anonimato desde 2011, quando praticou o homicídio. Ele decidiu revelar a sua identidade após aceitar participar num documentário do canal americano Fox News, que será exibido nos dias 11 e 12 deste mês.
A identidade do militar foi confirmada pelo seu próprio pai, Tom O'Neill. Ele afirma que o filho já recebeu 52 condecorações e foi um dos 23 seals, militares que compõem a elite da Marinha norte-americana, a participar na operação secreta que vitimou Bin Laden. De acordo com Tom, o Bin Laden foi morto após o seu filho acertá-lo com três tiros na cabeça.
Bin Laden, fundador do grupo extremista islâmico Al Qaeda e autor do atentato ao World Trade Center, em Nova Iorque (EUA) no dia 11 de setembro, foi morto por soldados americanos em maio de 2011, no Paquistão.
O pai de Rob O'Neill disse ainda que o filho decidiu revelar a sua identidade após perder benefícios de plano de saúde e aposentadoria ao encerrar a sua carreira com 16 anos de serviço, em vez de cumprir os 20 anos exigidos.
Nativo de Montana, ele é um militar altamente condecorado nas guerras do Afeganistão e do Iraque. O ex-militar veio a público por estar convencido de que sua identidade poderia ser vazada por outras pessoas.
O’Neill disse que tomou a decisão depois de um encontro particular com parentes das vítimas do ataque de 11 de setembro. Na ocasião, ele teria relatado sobre como Bin Laden "encontrou o seu fim".
Segundo relatos de outros integrantes do SEAL, O’Neill era o segundo do grupo quando o quarto de Bin Laden foi invadido. O terrorista teria aparecido na porta, quando o primeiro soldado teria errado o seu tiro.
O’Neill entrou no quarto e conseguiu ver Bin Laden através dos óculos de visão noturna.
"Lá estava Bin Laden, em pé. Ele tinha as mãos nos ombros de uma mulher, empurrando-a para frente", disse ao Washington Post.
Foi nesse momento que ele teria atirado duas vezes na cabeça do terrorista.
No momento da missão, O'Neill já tinha servido o SEAL por 15 anos, conseguindo chegar à unidade de elite conhecido como Team 6.
Ele também já participou de outras grandes missões, como o resgate do capitão Richard Phillips de pitaras na costa da Somália, que virou um filme estrelado por Tom Hanks, em 2013.
Comentários
Enviar um comentário
Comente aqui