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Presidente da Republica anuncia apartir do Cenaculo da IURD, disponibilidade de se encontrar com Dhlakama.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou este domingo(23) na Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), em Maputo, que vai convidar formalmente, na segunda-feira, Afonso Dhlakama, líder do partido Renamo, para um encontro tendo como principal ponto da agenda a busca de uma paz efectiva em Moçambique.

"Foi aqui pedido para dar mais atenção ao dossier da paz. Aceito porque assumi o compromisso. E digo que mesmo amanhã vou fazer formalmente um convite ao líder da Renamo para falarmos", disse Nyusi na catedral da IURD onde foi agradecer o apoio e encorajamento recebido da Igreja, durante a campanha eleitoral, que culminou com a sua eleição para o cargo de Chefe de Estado.

O culto evangélico foi antecedido por uma visita ao edifício que alberga a sede da Igreja. No final, o estadista moçambicano afirmou ter ficado bem impressionado com o investimento que a IURD está a realizar no capital humano, através do centro de formação profissional, permitindo que vários cidadãos recebam a formação profissional específica a título gratuito.

Nyusi disse estar ciente que Moçambique é um Estado laico, cuja filosofia assenta na separação entre o Estado e as confissões religiosas. Não obstante a esta laicidade, existe um relacionamento são e frutuoso entre o Estado e as confissões religiosas, que têm sido um parceiro privilegiado na implementação das políticas públicas, particularmente na área social.

Ciente ainda do papel que estas têm desempenhado, para a promoção de um clima de paz, bem-estar espiritual e material dos cidadãos e desenvolvimento económico e social do país, explicou que foi por isso criado o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, para dedicarem-se, de forma expressa, as confissões religiosas, tendo presente esta separação.

O Presidente Nyusi mostrou-se satisfeito pelo facto de a convivência entre religiões ser um valor que os moçambicanos têm sabido elevar bem alto, com o particular destaque na experiência que os líderes religiosos moçambicanos têm emprestado aos processos de pacificação do país, com resultados bastante positivos.

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