O SISTEMA das Nações Unidas em Moçambique saúda a introdução da vacina contra o rotavirus no calendário do Programa Nacional de Vacinação.
Em comunicado recebido na nossa Redacção, as Nações Unidas destacam que este feito é uma clara demonstração da preocupação do Governo em sustentar os ganhos na saúde da criança, salvando vidas de muitas crianças e melhorando a saúde das mesmas, prevenindo a diarreia.
“A introdução desta vacina é uma oportunidade chave para, não somente fortalecer o sistema de vacinação de rotina, mas também fortalecer as estratégias de prevenção das diarreias como uma ferramenta de prevenção primária de mortes de crianças no país” disse, Hilde De Graeve.
O Sistema das Nações Unidas em Moçambique apela ainda ao Executivo moçambicano e seus parceiros para aumentarem a visibilidade das doenças preveníveis por vacinas, atacar as barreiras para a vacinação, fazer investimentos adicionais sustentáveis, reforçar o Sistema Nacional de Saúde para alcançar o acesso equitativo aos serviços de vacinação.
A vacina contra o rotavirus (principal agente causador de diarreias) está a ser administrada desde sábado em todo o país.
Até ao final deste ano serão vacinadas, pelo menos, 400 mil crianças em duas doses: a primeira abrangendo um universo de crianças até aos quatro meses de idade e a segunda a menores até sete meses. Nenhuma criança acima dos sete meses deverá ser vacinada contra o rotavirus.
A escolha da vacina contra o rotavirus surge da constatação de que as doenças diarreicas representam a quarta causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos.
Estima-se que 40 por cento dos internamentos por doenças diarreicas nas crianças são devido à infecção por rotavirus que constitui a quarta causa de mortalidade por doenças infecciosas em menores de cinco anos depois da malária e da pneumonia.
O rotavirus é uma vacina comprovada que está a dar resultados acima de 96 por cento.
Em África o rotavirus mata aproximadamente 32.000 crianças menores de cinco anos todos os anos, contabilizando mais de 50 por cento do total de mortes provocadas pelo rotavirus a nível mundial.
Estima-se que cerca de 34 por cento das crianças africanas hospitalizadas devido à doença diarreica aguda estão infectadas com rotavirus.
Estudos da Região Africana da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que as vacinas contra o rotavirus são seguras e eficazes contra a doença grave e são uma intervenção económica.
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