Guy Scott, filho de imigrantes britânicos no que era chamado de Rodésia do Norte (Zâmbia) acredita que a sua nomeação, semana passada, para o cargo de vice-presidente do país, poderá abrir caminho a que outros países africanos sigam o exemplo e que se reconciliem com a sua história colonial e ultrapassem o preconceito racial.
Acredita-se que Scott seja o primeiro homem de raça branca a ocupar tão alto cargo num governo africano desde o fim do apartheid na África do Sul, em 1994.
Scott ganhou por esmagadora maioria no seu círculo eleitoral, mês passado, e daí ser nomeado vice-presidente pelo Presidente Michael Sata.
Na sua primeira entrevista internacional, Scott disse que “sempre suspeitei que a Zâmbia está a passar de uma condição pós-colonial para de cosmopolita. A mentalidade das pessoas estão a mudar. Já não cruzam os braços a pensar o que é que estava mal no colonialismo”.
A uma pergunta sobre se ele consegue imaginar um vice-presidente branco no Zimbabwe, Scott disse que “nós estamos independentes desde 1964 e talvez estejamos bem mais adiantados no jogo de ‘perdoar e esquecer’. Não penso que o racismo tenha mais tempo de duração no Zimbabwe. Talvez esta seja uma lição que vai ser imitada por outros países em África.”
Rádio Mocambique/AIM - 06.10.2011
Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.
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