Avançar para o conteúdo principal

MINISTRO EXONERA DEPUTADOS NA ANE


O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, exonerou, semana passada, dois deputados da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, que também exerciam cargos de direcção na empresa pública Administração Nacional de Estradas (ANE). 
Trata-se de Luciano de Castro, que exercia o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANE e Agostinho Vuma, vogal em representação do sector privado nesta instituição. Ambos são deputados pela bancada parlamentar da Frelimo, partido no poder.
Num breve contacto telefónico com a AIM, o assessor do Ministro das Obras Públicas de Habitação, Joaquim Cossa, explicou que ambos submeteram um pedido de cessação de funções em Dezembro último.
Entretanto, o Ministro ainda não nomeou os respectivos substitutos, acto que poderá ocorrer brevemente. 
Ainda são desconhecidas as razões que levaram Luciano de Castro e Agostinho Vuma a pedir a sua demissão.

Contudo, existem fortes indícios que a sua demissão poderá estar associada com a sua incompatibilidade na função de deputados da Assembleia da República e gestores de uma empresa pública.
Aliás, nos finais do ano passado, a AR aprovou a Lei de Probidade Pública que no artigo 48 refere que “é da responsabilidade do servidor público fazer a identificação e gestão das situações pessoais de conflito de interesses”.

Assim, os cidadãos que se encontrarem em situação de conflito de interesse ou de violação de quaisquer normas de conduta, estão sujeitos a nulidade dos actos ou contratos celebrados, responsabilização civil extracontratual e a punição criminal, nos casos mais graves.
A Lei de Probidade, em vigor a partir de 15 de Novembro de 2012, é aplicável aos servidores públicos, bem como autoridades de entidades não públicas singulares ou colectivas circunstancialmente investidas de poder público com vista a assegurar moralidade, transparência, imparcialidade e respeito pelo na gestão do património do Estado.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rusga na Colombia ( Bairro da Coop).

Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.

Momade Bachir Sulemane liberto

Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...

Tribunal Judicial de Quelimane indefere recurso da Renamo

O Tribunal Judicial de Quelimane, na província da Zambézia, indeferiu na passada sexta-feira (dia 24) o Recurso de Contencioso Eleitoral interposto pela Renamo no passado dia 21 de Outubro, um dia após o anúncio dos resultados nas eleições presidenciais, legislativas e para as Assembleias Provinciais. A Renamo exigia a neutralização de boletins de votos preenchidos a favor da Frelimo e do seu candidato presidencial, Filipe Nyusi, e reclamava contra a abertura tardia de algumas mesas de votação. Reclamava também contra a viciação de editais e actas, contra a interferência da Polícia no processo e contra o desaparecimento de 39 editais e actas referentes a mais de 31 mil eleitores. As reclamações da Renamo não foram suficientes para convencer o tribunal. No seu despacho, o tribunal considera que a Renamo submeteu tarde o seu recurso. Segundo o tribunal, as reclamações deviam ser apresentadas pelos mandatários de imediato, durante o apuramento, e não após o anúncio dos resultados. ...