Moçambique é o país de língua portuguesa pior classificado no Índice
de Escravidão Global divulgado hoje, 17, pela Fundação Walk Free que
analisou 167 países, ao ficar na 22ª posição. Cabo Verde(49º.),
Guiné-Bissau(51º.) Angola(65º) e Timor Leste(99º.) estão entre os
primeiros 100 países liderados por Mauritânea, Uzbequistão e Haiti em
termos relativos. A India é o país com maior número de escravos
modernos.
Segundo o documento, 192.600 moçambicanos, numa população estimada de
pouco mais de 25 milhões de pessoas, vivem em situação de escravidão
moderna, ou seja 0, 74 por cento dos habitantes do país. O documento
apresenta detalhes apenas dos países que detêm os casos mais gritantes
de escravidão moderna, mas a Walk Free considera que o trabalho escravo
nos dias actuais ocorre por meio do tráfico de seres humanos, do
trabalho forçado, da servidão por dívida, do casamento forçado ou servil
e ainda pela exploração sexual comercial.
Cabo Verde é segundo país de língua portuguesa no Índice de
Escravidão Global, ao ocupar a 49ª. posição, com 3.200 escravos
modernos, ou seja 0.67% da população de meio milhão de habitantes.
Apenas dois pontos abaixo, situa-se a Guiné-Bissau, que, segundo a
Walk Free tem 8.500 pessoas em regime de escravidão, cerca de 0,5% da
população.
Timor Leste ocupa a 99ª. posição com quatro mil escravos modernos e São Tomé e Príncipe não foi analisado.
O país de língua portuguesa melhor classificado é Portugal que, na 157ª posição, tem, segundo o estudo, apenas 1.400 escravos.
Por seu lado, o Brasil tem 155,3 mil pessoas em situação análoga à
escravidão, o que representa 0.078% mais de 200 milhões de habitantes.
Segundo o estudo, houve uma significativa queda em relação ao
levantamento do ano passado, que apontou mais de 210 mil pessoas
submetidas ao trabalho escravo no país.
O relatório destacou que somente os Estados Unidos, Brasil e
Austrália têm tomado medidas para eliminar o trabalho escravo na
contratação pública e nas cadeias de fornecimento das empresas que atuam
em seus países.
O Brasil está em 143º dos 167 países avaliados proporcionalmente em relação à população.
Cerca de 35,8 milhões de pessoas em todo o mundo vivem em situação
análoga à escravidão, aponta o relatório Índice de Escravidão Global
2014.
O número de pessoas escravizadas aumentou 20,13% em relação ao
levantamento em 2013. O primeiro relatório da organização mostrou que o
mundo tinha 29,8 milhões de vítimas da escravidão moderna.
De acordo com a Walk Free, o trabalho escravo nos dias actuais ocorre
por meio do tráfico de seres humanos, do trabalho forçado, da servidão
por dívida, do casamento forçado ou servil e ainda pela exploração
sexual comercial.
África e Ásia, segundo o documento, continuam sendo os continentes com a maior incidência de pessoas nestas condições.
Em termos relativos, a Mauritânia, na África, lidera o ranking dos
países com maior prevalência, com 4% da população escravizados, seguida
do Uzbequistão (3,97%), Haiti (2,3%), Qatar (1,36%) e Índia (1,14%). No
2top tem” ainda estão o Paquistão, República Democrática do Congo,
Sudão, Síria e República Centro-Africana.
Em números absolutos, a Índia permanece no topo da lista com mais de
14,29 milhões de pessoas escravizadas, seguida da China (3,24 milhões),
do Paquistão (2,06 milhões), Uzbequistão (1,2 milhão) e da Rússia (1,05
milhão). Juntos, estes países representam 61 por cento da escravidão
moderna mundial, ou seja, quase 22 milhões de pessoas.
De acordo com a Walk Free, apesar de o índice de 2014 estimar que há
mais 20,13% de pessoas escravizadas no mundo ante os dados de 2013,
"este aumento significativo deve-se à melhoria dos dados e da
metodologia, que inclui inquéritos representativos a nível nacional em
alguns dos países mais afectados".
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