Avançar para o conteúdo principal

Primeiros destroços do avião da AirAsia detectados pelas equipas de buscas

Ao terceiro dia de buscas, foram encontrados os primeiros destroços do avião da AirAsia que se despenhou no mar de Java no domingo.
As imagens televisivas mostravam objectos pintados de vermelho e branco – as cores da companhia aérea – mas a confirmação veio apenas algum tempo depois. “Neste momento podemos confirmar que se trata do avião da AirAsia”, disse à AFP o chefe da aviação civil indonésia, Djoko Murjatmodjo.
Antes, o porta-voz da Basarnas (Agência Nacional de Buscas e Salvamentos), Yusuf Latif já tinha afirmado que “esta é a descoberta mais significativa”, apesar de não ter ainda elementos suficientes para confirmar que os objectos pertenciam ao Airbus A320-200.
Foi a sul da ilha de Bornéu que foram detectados dez grandes objectos vermelhos e brancos. A posição dos destroços fica a dez quilómetros do local onde o avião deixou de comunicar com a torre de controlo.
Durante uma conferência de imprensa, o chefe da Basarnas, Bambang Soelistyo, mostrou fotografias dos destroços, incluindo daquilo que pode ser um corpo. Soelistyo admitiu essa hipótese, mas não a confirmou, segundo a AFP.
O responsável explicou que todos os meios disponibilizados vão ser direccionados para o local onde se encontraram os objectos. Foram mobilizados cerca de 30 navios, 15 aviões e sete helicópteros para o segundo dia de buscas.
Na véspera foram encontrados vários objectos na área de buscas, mas foi sempre afastada qualquer relação com o avião.
Os media locais avançaram que foram encontrados corpos à superfície da água, mas ainda não houve qualquer confirmação oficial. Um piloto da Força Aérea que estava a fazer um voo de reconhecimento na área disse ao site kompas.com ter avistado corpos. "Pensámos que os passageiros estavam ainda vivos e a pedir-nos ajuda. Mas quando nos aproximámos, [vimos que] eles já estavam mortos", contou o tenente Tri Wibowo.
Esta terça-feira, a área de buscas foi alargada para aumentar as hipóteses de encontrar o aparelho. “Tentámos procurar o avião em sete áreas ontem [segunda-feira] e hoje vamos acrescentar mais seis”, disse Bambang Soelistyo, citado pelo jornal The Jakarta Post.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rusga na Colombia ( Bairro da Coop).

Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.

Momade Bachir Sulemane liberto

Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...

Este é o ano mais trágico para emigrantes

  Pelo menos 8.565 pessoas morreram em 2023 a percorrer as rotas migratórias mundiais, tornando o ano passado no mais mortal já registado, avançou hoje o Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número de mortos em 2023 representa um aumento de 20% em relação a 2022, adianta a organização, sublinhando, em comunicado hoje divulgado, a "necessidade urgente de medidas para evitar mais perdas de vidas". O total do ano passado ultrapassa o recorde de mortos e desaparecidos a nível mundial que tinha sido registado em 2016, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração. A travessia do Mediterrâneo continua a ser a rota mais mortal para migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecidos, o que constitui o número de vítimas mortais mais elevado da região desde 2017. Mas a OIM também registou, em 2023, números sem precedentes de mortes de migrantes em África (1.866) e na Ásia (2.138). Em África, a maioria destas mortes aconteceu no ...