Indivíduos ainda monte assassinaram, esta manhã, a tiros, o jornalista Paulo Machava que editava o jornal eletrónico Diário de Notícias (DN). O crime aconteceu nas primeiras horas desta manhã nas esquinas das avenidas Vlademir Lenine e Agostinho Neto, mesmo ao lado do restaurante Mimos 2. Paulo Machava fazia regularmente caminhadas naquela zona e vivia na avenida Karl Marx.
Paulo Machava era um veterano da classe jornalística, tendo se iniciado na Radio Moçambique(RM) onde se notabilizou num programa denominado “Onda Matinal”. Nesse programa muito popular nos anos oitenta e início dos noventa, Machava reportava o crime e os seus submundos. Com os adventos do multipartidarismo, Machava foi recrutado para o semanário SAVANA, onde atingiu a posição de chefe da redação. Foi Paulo Machava o primeiro jornalista a dar voz, ao também assinando Vicente Ramaya, depois de despoletar a mega fraude no defunto Banco Comercial de Moçambique (BCM). Ramaya tinha sido o gerente da dependência bancária do BCM. A quando da alegada tentativa do assassinato do proeminente advogado Albano Silva, Paulo Machava foi o primeiro jornalista a chegar ao local. Por conta dessa súbita aparição, o advogado alegou que Machava estava ao corrente da tentativa e, por isso, respondeu em juízo.
Depois de ser afastado do Savana, Paulo Machava seguiu para o Zambeze, onde teve uma curta passagem para depois ir fundar a empresa que editou o semanário EMBONDEIRO e o DN.
Nos últimos anos, a par do jornalismo, Paulo Machava prestava serviços de assessoria na área de eventos na residencial “Kaya Kwanga”.
Não deixa de ser curiosa a morte de figuras que frequentam o Kaya Kwanga. O pugilista Paulo Benjamim, o Paulo Danger Man e agora Paulo Machava, perfazem em 3 dos Paulos que foram assassinados.
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