Não há notícia de violência. Durante toda a manhã nas zonas das embaixadas e no aeroporto a azáfama foi grande. Diplomatas e cidadãos estrangeiros estão a deixar o país por via aérea, a única possível já que os talibãs controlam todas as fronteiras terrestres.
Os talibãs informaram que os estrangeiros podem sair, se quiserem, ou, então, terão de registar-se junto da nova administração.
A Associated Press (AP) cita um funcionário que fala sob anonimato, garantido que líderes talibãs se dirigiram ao palácio presidencial para garantir a passagem do governo de forma pacífica.
Os insurgentes dizem querer respeitar a vida e a propriedade dos residentes da Cabul. Apesar das promessas, o medo instalou-se e milhares de pessoas recolheram-se em casa.
As informações vão-se sucedendo. A base aérea de Bagram terá sido entregue pelas forças afegãs aos talibãs. Os insurgentes terão também aberto as portas da maior prisão de Cabul, libertando todos os prisioneiros.
A agitação em Cabul começou assim que foi anunciada de madrugada a tomada de Jalalabad, onde os talibãs não encontraram qualquer resistência
Ainda há poucos dias uma avaliação militar americana estimava que a capital estivesse sob a pressão dos insurgentes dentro de um mês e, no sábado, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA dizia que Cabul “não estava em perigo eminente de ser tomada”, ainda que se percebesse a intenção talibã, poque tinham sido tomadas todas as províncias à volta da cidade.
A velocidade a que se sucedem estes acontecimentos levanta muitas questões, entre elas, a pouca resistência das forças afegãs, após os treinos que receberam das tropas dos Estados Unidos, com milhões e milhões de dólares gastos.
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