Inicia na próxima segunda-feira, 23 de Agosto, no Estabelecimento Penitenciário Especial de Máxima Segurança da Machava, vulgo B.O., província de Maputo, o julgamento dos 19 réus acusados pelo seu envolvimento com o caso “Dívidas Ocultas”.
As acusações incluem a associação para delinquir, chantagem, corrupção passiva, peculato, abuso de cargo ou função, violação de regras de gestão, falsificação de documentos, uso de documentos falsos, posse de armas proibidas e branqueamento de capitais, com as modificações decorrentes da prova recolhida.
Os réus são Armando Ndambi Guebuza, filho mais velho do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, o antigo director dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) Gregório Leão, Ângela Buque Leão, esposa de Gregório Leão, o antigo director de Inteligência Económica do SISE, António Carlos do Rosário, Teófilo Nhangumele e Bruno Langa, pessoas próximas de Armando Ndambi Guebuza, Manuel Renato Matusse, conselheiro político do antigo Presidente da República, Maria Inês Moiane, secretária particular do antigo Presidente da República, Elias Moiane, sobrinho da Inês Moiane, Mbanda Anabela Buque Henning, irmão da co-réu Ângela Leão, Sérgio Namburete, esposo da despronunciada Márcia de Caifaz Namburete, Cipriano Mutota, oficial do SISE, Sidónio Sitoe, Crimildo Manjate, Khessaujee Pulchand, Simione Mahumane, Naimo Quimbine, Zulficar Ahmad e Fabião Mabunda.
As Dívidas Ocultas, calculadas no valor de 2,2 mil milhões de dólares, foram contraídas entre 2013 e 2014, durante o mandato de Armando Guebuza, à revelia da Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano, junto do Credit Suisse e do banco russo VTB.
Os empréstimos foram justificados, na altura, com projectos marítimos das empresas públicas Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM) ProIndicus e Mozambique Assets Management (MAM), fornecidos pelo grupo Privinvest, mas que nunca se concretizaram.
( Fonte : Sala da Paz )
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