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TMcel com dificuldades de.pagar salários

 A Administração da empresa Moçambique Telecom (Tmcel) garante pagar salários a todos os 1.800 trabalhadores até esta sexta-feira. A garantia surge na sequência da carta datada de 11 de Agosto corrente, em que os trabalhadores da empresa se queixam de atraso do salário referente ao mês de Julho.


 Face ao atraso, os trabalhadores dizem-se impossibilitados de cumprir com as suas obrigações, nomeadamente, pagamento de serviços prestados por terceiros, o caso de energia, água, rendas, bem como restrições na alimentação e assistência médica e/ou medicamentosa.

 

Mesmo diante dessa situação, os funcionários da Tmcel dizem que os administradores da empresa não se pronunciam sobre o assunto para esclarecer o que, de facto, se está a passar, como forma de devolver a moral e esperança dos trabalhadores.

 

“O mutismo que testemunhamos em volta desta situação em nada irá contribuir para um bom clima organizacional na empresa, já beliscada pelos efeitos da pandemia da Covid-19”, lê-se na carta.

 

Em contacto telefónico, o Administrador Executivo, Mário Albino, repudiou a forma de comunicação adoptada pelos funcionários. Negou ter havido mutismo no seio da Administração. Disse que houve um pronunciamento, mas não nos moldes em que os funcionários se comunicaram.

 

Todavia, reconheceu o problema e explicou que, desde 28 de Julho, a empresa tem estado a processar os ordenados. Até esta quinta-feira, o gestor disse terem sido pagos salários a pouco mais de 1.700 trabalhadores, faltando apenas 80 que receberão até hoje.

 

Explicou que o atraso (que por sinal é o primeiro, nos 50 meses de funcionamento da Tmcel) deveu-se, em geral, a questões conjunturais. Destacou que a empresa não está a receber o que factura das instituições do Estado (e não só), decorrente da redução dos seus orçamentos anuais face às crises que o país atravessa.

 

Como consequência, o Administrador revelou que os problemas conjunturais levaram à acumulação, por parte daqueles clientes, de uma dívida corrente de mais de 500 milhões de Meticais que, por fim, recai sobre a Tmcel. Todavia, garantiu haver abertura por parte do Ministério da Economia e Finanças para resolver o problema das referidas instituições oportunamente. (In a Carta). 

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