Avançar para o conteúdo principal

Portugal leiloa operadora ANA e bate meta de privatização

O grupo francês Vinci Airports, uma subsidiária da Vinci Concessions, venceu nesta quinta-feira (27) o leilão da operadora dos aeroportos de Portugal – a ANA, equivalente portuguesa à brasileira Infraero. "O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que seleciona a Vinci como a vencedora (da privatização de 95% do capital da ANA)", disse Luis Marques Guedes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. A concessão inclui a operação por um prazo de 50 anos dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Beja, além da Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria, nos Açores, e Funchal e Porto Santo, na Ilha da Madeira. A proposta vencedora foi de 3,08 bilhões de euros (4,1 bilhões de dólares). Com a concessão, a Vinci Airports passará a administrar 23 aeroportos em Portugal, França e Camboja, com fluxo de 40 milhões de passageiros/ano. A empresa francesa já participava do capital da Lusoponte, holding que administra as pontes 25 de abril e Vasco da Gama, em Portugal. O contrato de transferência deverá ser assinado em janeiro de 2013, e a operação será submetida à aprovação das autoridades antitruste do país. Metas – Segundo o governo português, com a venda bem-sucedida da operadora de aeroportos, o país ultrapassa a meta de receitas de privatização prevista no resgate de 78 bilhões de euros da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), firmado em maio de 2011. A venda com altos prêmios das participações estatais na Energias de Portugal e na Redes Energéticas Nacionais já havia permitido a Portugal obter 60% dos cerca de 5,5 bilhões de euros previstos no programa de privatizações imposto pela 'troika'. A secretária de Estado do Tesouro, Maria Luis Albuquerque, afirmou que, com esta privatização, Portugal já conseguiu um total de 6,4 bilhões de euros em receitas.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rusga na Colombia ( Bairro da Coop).

Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.

Momade Bachir Sulemane liberto

Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...

Este é o ano mais trágico para emigrantes

  Pelo menos 8.565 pessoas morreram em 2023 a percorrer as rotas migratórias mundiais, tornando o ano passado no mais mortal já registado, avançou hoje o Projeto Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações (OIM). O número de mortos em 2023 representa um aumento de 20% em relação a 2022, adianta a organização, sublinhando, em comunicado hoje divulgado, a "necessidade urgente de medidas para evitar mais perdas de vidas". O total do ano passado ultrapassa o recorde de mortos e desaparecidos a nível mundial que tinha sido registado em 2016, quando 8.084 pessoas morreram durante a migração. A travessia do Mediterrâneo continua a ser a rota mais mortal para migrantes, com pelo menos 3.129 mortes e desaparecidos, o que constitui o número de vítimas mortais mais elevado da região desde 2017. Mas a OIM também registou, em 2023, números sem precedentes de mortes de migrantes em África (1.866) e na Ásia (2.138). Em África, a maioria destas mortes aconteceu no ...