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Asteroide que se aproxima da Terra é maior do que o esperado

O asteroide Apophis, que vai passar junto à Terra em 2029, tem mais 20 por cento de diâmetro do que o calculado em estimativas anteriores, indicam novos dados do telescópio Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA). Com base nestes novos dados, o Apophis terá 325 metros de diâmetro. Em estimativas anteriores, os cientistas calcularam um diâmetro de 270 metros. Batizado com o nome da divindade egípcia do mal e da escuridão, o Apophis vai passar a 14,4 milhões de quilómetros de distância, mas sem perigo e possibilitando aos astrónomos uma melhor observação. Inicialmente, os cientistas calcularam uma probabilidade de 2,7 por cento de uma colisão catastrófica do Apophis com a Terra, em 2029. O Apophis foi descoberto em 2004. Os novos cálculos, efetuados em 2009 pela NASA, afastaram a ameaça de colisão, prevendo que a passagem do Apophis, a 13 de abril de 2029, se faça a 22.208 quilómetros da Terra. Será a menor distância alguma vez registada nos tempos modernos. A probabilidade de entrar em colisão com a Terra em 2036 é de uma para 250 mil, de acordo com novos cálculos de Steve Chesley e Paul Chodas, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena (Califórnia), baseados em novas técnicas e em novos dados. Uma estimativa precedente calculava a hipótese de colisão de uma para 45 mil. A maior parte dos novos dados que permitiram recalcular a órbita do Apophis provém de observações efetuadas pelo astrónomo Dave Tholen e pela equipa do Instituto de Astronomia da Universidade do Havai. Hoje, existe a hipótese de observar o Apophis em tempo real, na página eletrónica Slooh.com, acompanhado de comentários de respostas de Patrick Paolucci, presidente da Slooh, que possui telescópios nas Canárias para efetuar esta observação. A 15 de fevereiro, o asteroide 2012 DA14 (com 57 metros de diâmetro) vai passar muito mais perto da Terra: a 34.500 quilómetros de altitude, o que significa que vai passar na órbita dos satélites geoestacionários. «Vai ser o voo rasante de um asteroide mais próximo que alguma vez foi previsto», disse Mark Bailey, diretor do Observatório Armagh, na Irlanda do Norte. «Vai passar tão perto que até astrónomos amadores vão poder observar o asteroide, talvez até com binóculos simples», acrescentou.

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