Dois indivíduos de nacionalidade moçambicana encontram-se detidos numa das celas da cidade de Maputo, desde semana passada, indiciados no rapto do proprietário de uma padaria Lafões, anunciou, ontem, em Maputo, o porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Pedro Cossa.
Os suspeitos foram identificados apenas pelos nomes de Mohamed e Shafar, este último também conhecido no submundo do crime pelo nome de “Van Damme”.
Falando durante o habitual briefing da PRM, Cossa revelou que a vítima foi mantida no cativeiro numa residência nas proximidades do Aeroporto Internacional de Maputo. “Depois de a Polícia descobrir que os raptores escondiam as suas vítimas na cintura da cidade de Maputo, eles passaram a escondê-las aqui na cidade. Mesmo assim, conseguimos descobrir”, disse o porta-voz.
A PRM também encontrou 550 mil meticais (uma soma equivalente a cerca de 18.500 dólares), 45 mil dólares e duas viaturas de marca Toyota que eram usadas para a prática deste tipo de crimes.
Num outro desenvolvimento, o porta-voz da PRM disse que, durante a semana passada, as autoridades da lei e ordem detiveram 26 cidadãos por prática de vários crimes entre os quais furto qualificado, roubo, burla, tentativa de suborno e homicídio. Dos detidos constam um cidadão de nacionalidade portuguesa e outro de nacionalidade nigeriana, que são indiciados nos crimes de tentativa de suborno e burla respectivamente.
Na semana passada, também foram repatriados da África do Sul 88 cidadãos moçambicanos que se encontravam naquele país em situação- ilegal.
Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.
Comentários
Enviar um comentário
Comente aqui