Fonte da Companhia de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) explicou ao nosso jornal que o valor refere-se a negócios realizados apenas nos últimos quatro meses do ano, período em que a companhia gestora do Porto abriu um total de 12 concursos públicos no âmbito do seu plano estratégico de desenvolvimento.
Para este ano, está previsto o lançamento de mais 10 concursos, na sua maioria relacionados com a reabilitação e manutenção da infra-estrutura portuária, nomeadamente estradas, linhas-férreas e cais, o que vai gerar oportunidades adicionais para pequenas e médias empresas nacionais.
Os concursos lançados no ano passado estavam relacionados com a prestação de serviços de estiva, catering e transportes internos, todos dirigidos a empresas moçambicanas com capacidade comprovada e capazes de responder aos padrões de qualidade exigidos.
No quadro da implementação do Plano Estratégico do Porto, e com vista a ir de encontro ao crescimento da procura dos serviços do Porto de Maputo, o MPDC encomendou, em finais do ano passado, um total de 12 guindastes para aumentar a capacidade de manuseamento de carga no porto.
Segundo a nossa fonte, o primeiro desses guindastes foi entregue ao Porto em Dezembro último, devendo os restantes 11 ser entregues até finais de Fevereiro deste ano. A perspectiva é que o novo equipamento permita a redução do tempo de espera dos camiões que escoam carga em trânsito, bem como o incremento da produtividade dos navios que escalam o porto.
Nos últimos oito a nove anos o Porto de Maputo esteve perto de quadruplicar a quantidade de carga manuseada, tendo passado de quatro milhões de toneladas em 2003 para 15 milhões em 2012.
O plano de expansão aprovado prevê que o volume de carga manuseada atinja 40 milhões de toneladas nos próximos cinco a seis anos.
Actualmente, o Porto de Maputo recebe em média 600 camiões por dia, numa altura em que as empresas de transporte ferroviário da região investem no melhoramento da capacidade das linhas e na aquisição de material circulante, com vista a dar vazão ao crescimento do comércio entre os países.
O Porto de Maputo integra os terminais de contentores, gerido pela DP World; de viaturas e carvão, geridos pela Grindrod; de açúcar, gerido pela STAM; de citrinos, operado pela FPT; e os terminais de cereais, alumínio e combustíveis, todos na Matola, geridos pela empresa pública CFM.
Em 2013 está prevista a conclusão da fase 2 do projecto de expansão do terminal de viaturas, cuja capacidade deverá se situar nas 100 mil unidades. Para este propósito estão a ser investidos 20 milhões de dólares norte-americanos.
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