A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que Moçambique detém a presidência rotativa, exorta os actores políticos do Zimbabwe a concluírem a revisão da Constituição, um exercício que dará lugar a realização de novas eleições democráticas.
Este é posição da Troika do Órgão para Politica, Defesa e Segurança da SADC, anunciada hoje em Dar-es-Salaam no término da sua Cimeira extraordinária que contou com a participação do Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, na qualidade de Presidente em exercício desta organização regional.
Durante a cimeira que terminou esta tarde, o mediador da SADC para o Zimbabwe, o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, apresentou o seu informe sobre os progressos registados naquele país vizinho na implementação do roteiro resultante do Acordo Político Global adoptado depois da crise instalada naquele país após a rejeição das eleições de 2008.
Uma das etapas fundamentais do roteiro é a revisão da Constituição e a submissão da proposta a um referendo nacional. Ambos os processos deveriam ter sido concluídos no ano passado, para dar lugar as eleições gerais em Março próximo.
Falando em conferência de imprensa que se seguiu a Cimeira, o secretário executivo da SADC, o moçambicano Tomaz Salomão, explicou que regista-se um impasse no processo da revisão constitucional devido a falta de consenso em algumas matérias, tais como a Procuradoria-geral, dupla nacionalidade, devolução do poder às províncias, e eleição simultânea do Presidente e vice-Presidente da República.
“Estas são questões técnicas que, do ponto de vista da Troika, havendo cometimento das partes políticas podem ser resolvidas o mais rápido possível para que possa haver um referendo de modo que as eleições tenham lugar no espírito e no respeito do Acordo Político Global”, disse Salomão.
Nesta cimeira, a SADC reiterou a sua posição com relação ao Zimbabwe, particularmente a necessidade para a realização de eleições no corrente ano, como forma de ultrapassar a crise que afecta aquele país membro do bloco regional.
“O Presidente (Jacob) Zuma foi mandatado para seguir para o Zimbabwe e ter um encontro com as partes políticas daquele país e transmitir a mensagem da SADC em relação a este assunto”, disse Salomão.
A Cimeira também avaliou a situação no Madagáscar e na República Democrática do Congo (RDC).
Sobre a RDC, a Troika enalteceu as contribuições da África do Sul, Namíbia, Malawi e Tanzânia para o desdobramento da Força Neutra de Intervenção – aprovada na Cimeira de Dezembro último – e exortou os países que ainda não deram a sua contribuição para o fazerem com a máxima urgência.
A Troika manifestou o desejo de trabalhar em conjunto com as Nações Unidas na preparação da força conjunta, particularmente no apoio logístico e financeiro, bem como a necessidade trabalhar com a Conferência dos Grandes Lagos neste processo da restauração da normalidade da situação política da RDC.
“A cimeira reiterou o seu apoio necessário aos deslocados e refugiados na parte Leste da República Democrática do Congo”, disse Salomão
Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...
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