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O ex-ministro das Finanças e Orçamento do Malawi, Paul Mphwito em Tribunal

O ex-ministro das Finanças e Orçamento do Malawi, Paul Mphwito, deve comparecer esta segunda-feira em tribunal na capital, Lilongwe, acusado de envolvimento no escândalo "Cashgate", que abalou o país sob a liderança de Joyce Banda.

Paul Mphwito foi detido no fim de semana juntamente com a sua esposa, Thandizo, numa operação levada a cabo pelo Gabinete malawiano de Luta Anticorrupção (ACB).  

O casal é acusado de furto, lavagem de dinheiro e obstáculo à Justiça no quadro das investigações em curso sobre o Cashgate, segundo um comunicado divulgado e lido pelo porta-voz do ACB, Egrita Ndala.

Mphwiyo sobreviveu a uma tentativa de assassinato a tiros, a 13 de setembro de 2013, quando se dirigia para a sua casa situada em Lilongwe.

Este tiroteio sem precedente conduziu a revelações do Cashgate, numa pilhagem sistemática dos recursos públicos em que empresários, em cumplicidade com políticos e funcionários públicos, fizeram desaparecer milhões de dólares americanos do sistema de pagamento do Governo para bens e serviços não prestados ao Estado.

Mais de 70 funcionários públicos e empresários do país estão atualmente diante dos tribunais para responder pelas acusações ligadas ao Cashgate como furto, posse de propriedade adquirida ilegalmente, fraude e branqueamento de dinheiro.

O rosto de Mphwiyo foi reparado e as balas extraídas do seu corpo na África do Sul depois da tentativa de assassinato.

A ex-secretária do Ministério do Turismo, Theresa Senzani, foi a primeira pessoa condenada no quadro dos inquéritos ligados ao Cashgate, estando a cumprir atualmente uma pensa de prisão de três anos.

Sexta-feira passada, o assistente contabilista do Ministério da Energia e Recursos Naturais, Victor Sithole, foi igualmente inculpado no quadro do Cashgate, mas continua à espera do seu veredito.

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