Michael Werz, analista político americano, defende que "não há nenhum argumento" que justifique o uso de espingardas de assalto em residências privadas.
Membro sénior do Center for American Progress, um think thank que trabaha diretamente com a Admnistração americana, Werz falou em entrevista ao DN pouco antes de Obama ter apresentado um pacote de medidas que visam um maior controlo na circulação de armas e disse estar convencido de que "leis importantes serão aprovadas" no Congresso.
"Não só por causa do horrível crime que foi cometido em Newtown [Connecticut], mas também porque não há nenhum argumento que uma pessoa razoável possa apresentar que justifique o uso espingardas de assalto, nem carregadores de alta capacidade em residências privadas", defendeu o analista político. Professor adjunto na Universidade de Georgetown, Werz diz que "as pessoas estão fartas de massacres constantes" e lembrou que "a probabilidade de uma arma que se guarda em casa se virar contra a própria família é 40 vezes superior à probabilidade de vir a ser usada contra um intruso."
Em Lisboa para participar na conferência Desafios do novo mandato de Obama, que decorre hoje, quinta-feira, às 18:00 no auditório da Fundação Luso-Americana, Werz considera que uma das grandes conquistas de Obama no seu primeiro mandato foi a aprovação da reforma da Saúde. "Era algo que estava no programa democrata há quarenta anos e ele conseguiu isso com uma luta tremenda e custos políticos: o facto de ter demorado tanto tempo acabou por relegar para segundo plano outras questões importantes", considera.
Por outro lado, Werz lembra que uma das promessas que ainda está por cumprir é o encerramento da prisão de Guantánamo. "Espero que no segundo mandato o capítulo Guantánamo seja encerrado de vez. Nessa altura, os historiadores deverão debruçar-se sobre o que aconteceu porque [esta prisão] é uma aberração da História americana e dos valores americanos".
Um contingente policial fortemente armado e acompanhado de cães farejadores invadiu o bairro da Coop, cidade de Maputo, na tarde de ontem, à procura de vendedores de droga. A rusga policial incidiu sobre uma zona vulgarmente conhecida por “Colômbia”, que tem um histórico de venda e consumo de drogas. Fala-se de dezenas de agentes da polícia de choque que entravam de casa em casa, na tentativa de encontrar o que justificasse aquela operação que durou cerca de duas horas. “Entraram no meu quarto, vasculharam de qualquer maneira e deixaram as minhas coisas no chão. Os meus netos estavam a almoçar. Deitaram a comida e aqueles cães começaram a cheirar a comida”, descreveu Fátima Matono, dona de uma das casas invadidas.
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