Rio Tinto comprou acções da Riversdale em 2011, com a expectativa de adquirir carvão metalúrgico num espaço em Benga.
De lá para cá, efectuou trabalhos de prospecção e reavaliação do espaço e descobriu que não existia a quantidade de minério esperado, tendo perdido três mil milhões de dólares nos seus resultados de 2012. Na sequência desta e de outras imparidades do grupo, o director-executivo, Tom Albanese, demitiu-se.
A estimativa de redução dos resultados esperados em 2012 é derivada de um trabalho de prospecção e avaliação efectuado pela Rio Tinto Coal Mozambique, num espaço que adquiriu em 2011 da Riversdale Mining Limited, o que induziu para “uma revisão em baixa das estimativas do volume de carvão metalúrgico recuperável nas áreas mineiras (...) e também a reavaliação da escala que o volume de negócios pode alcançar”, indica um comunicado enviado ontem ao “O País”.
“A conjuntura de volumes inferiores de carvão metalúrgico recuperável e a impossibilidade de aumentar a produção como originalmente projectada devido aos constrangimentos de infra-estruturas conduziram à redução do valor escriturado da Rio Tinto Coal Mozambique e registo de uma imparidade das contas da Rio Tinto”, explica o comunicado.
O documento mostra que “a produção de carvão pela Rio Tinto Coal Mozambique está, actualmente, limitada pela falta de capacidade de infra-estruturas de transporte”, isto porque não houve espaço para a empresa avançar com o projecto, com base nos seus planos infraestruturais originais.
O comunicado informa ainda que no início, a Rio Tinto tentou “fazer o transporte do carvão no Rio Zambeze” mas até então encontra-se no “processo de identificação de rotas de escoamento alternativas, uma vez que aquela opção não obteve aprovação final”. Apesar dessa limitação, a Rio Tinto diz que “continua a trabalhar com o governo de Moçambique” no sentido de desenvolver alternativas de infra-estruturas de transporte no país.
A Rio Tinto acredita que “a Rio Tinto Coal Mozambique pode, em última análise, ser um negócio valioso de carvão metalúrgico”, daí que “vai continuar a aumentar a produção de carvão metalúrgico de Benga”, salientando que este é “um recurso geológico raro e sem substituto na indústria siderúrgica” e prevê um preço favorável do carvão metalúrgico, por considerar que no futuro haverá uma forte procura por este produto.
Ao fim de 38 dias de cativeiro, o empresário Momade Bachir regressou, no passado sábado, ao convívio familiar, no culminar de um sequestro que ainda tem muitos contornos por esclarecer. Era cerca das 12h30 de sábado quando o empresário Momade Bachir Sulemane, que há pouco mais de um mês se tornou um dos sequestrados mais famosos do país, chegou à 18ª esquadra da PRM, na cidade do Maputo, escoltado por agentes da Polícia, alguns uniformizados e outros à paisana, num regresso que, segundo o empresário, não houve pagamento para o) resgate. Em declarações à imprensa que pacientemente aguardou pela sua chegada à 18ª esquadra, Bachir disse que durante os 38 dias em que esteve sequestrado passou por três cativeiros, no distrito da Macia, província de Gaza, sempre sob guarnição de quatro indivíduos, alguns dos quais de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. “Além de me maltratar, não me davam alimentação”, disse Bachir a jornalistas, durante o breve contacto na 18ª esquadra, ao c...
Comentários
Enviar um comentário
Comente aqui